sábado, 31 de março de 2007

Sobre abstinência


Lugar algum, ou por lembrança silente, em todo lugar
Jazem em cada poro da alma tuas cinzas mornas
Ácidas, corroendo a diáfana sanidade, atemporal auto-tortura
Furtando-lhe o alentador sorriso de outrora

Onde serei disposto, agora que já não mais convenho?
Talvez num escuro e úmido canto de tuas frias lembranças
Trancado neste lago, desejando ao menos estar afogado
Você ao menos saberá que estive aqui. (Não deixarei).

E o que jaz em teus sonhos: será meu corpo?

2 comentários:

Clara disse...

Eu acho que nossa verdadeira casa é o México de fato.
Até agora só fiz texto melo-mexicano para postar "/

Bina Goldrajch disse...

Manda esta infame criatura para as profundezas arderosas!

Nada pode importunar meu divo... Divo.