sexta-feira, 8 de junho de 2007

Amálgama

A um encantador profanei todos os templos terrenos
De súbito, torno cúbico o lúdico
Aos céus roguei desplendor em um semblante tão lírico
Empírico, frívolo, físico ao ridículo

E com as mãos calejadas de uma dama sinfônica
Atônita e brômica aos dogmas
A harpa que despertou no fruto toda a cobiça
Ilícita, explícita, química

Alucinógena canção que faz cair das falésias
As régias tão perplexas que flertam-nas
À uma flauta distante me levanto ao dinâmico
E ao cândido, lânguido, tântrico

No tempo em que tudo em nada mais há
Dilacerará, e encantará ou mutilará a epístola
Aludo-me aquele que em mente possui todo o caos
Assim em naus, tão episcopal, unilateral ou universal

Ensinar-te-ei a perder sua lógica infame
E clame que, ó, arranhe-me, derrame-se
Ensinar-te-ei a não seres tão sórdido
Mas mórbido, tão eufórico que exploda-o.

Um comentário:

Bina Goldrajch disse...

Caracoles!
Sabia que eu simplesmente amo esse poema teu?
Já tinha o lido em um outro blog qualquer... Ah, no fotolog!
É perfeito!
Um dia eu vou roubar ele e pôr no meu blog. Com seu nome embaixo, é claro. hehehe

Acho que foi uma das coisas mais perfeita que já escreveu.

Ahhh! Passa no meu blog! Dei uma repaginada legal... Agora tá bem mais minha cara. Fiz umas mudanças, coloquei um título maneiro, etc...


Besos, chico!